quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pilha de roupa, eu sou mais forte que você!

Marido viajando, filha no colégio. Dia de passar roupa. Mas não era só um pouquinho de roupa, eram pilhas, roupas acumuladas desde a semana passada. Confesso que é uma das coisas que menos me agradam fazer é dirigir o ferro de engomar.
Só de olhar para aquela montanha começou a me dar um nervosinho, e antes que ele se instalasse e ficasse enorme, peguei na minha bolsa da ginástica, entrei no carro e fui pro ginásio fazer uma aula de Zumba. A roupa que ficasse prá depois.
Dancei muito, mas muito mesmo. Me esqueci das chatices, da casa, do meu cabelo que está cheio de fios brancos e precisa de ser pintado, das duas calças que comprei e ainda não tive coragem de fazer bainha, das manchas do sol que insistem em fixar residência no meu rosto. Em nenhum minuto me lembrei da roupa, do ferro, do monte de coisas que tenho para fazer todos os dias.
E quando acabou a aula estava mais feliz, sentia flutuar. E resolvi que ainda não era hora de acabar com  a minha felicidade, por isso fui ao shopping visitar as livrarias(um lugar em que adoro passar tempo); me dei um livro, comprei coisinhas de papelaria prá Gi e fui almoçar. Um almoço levezinho que justificasse a hora que eu me balancei feito louca. E dei uma voltinha prá ver as vitrines.
Aí sim vim prá casa, e a pilha de roupa já não me apavorava, já a encarava de ânimo leve.
Enquanto passava a roupa, assistia a renúncia do Papa. E de vez em quando vinham umas lágrimas nos olhos, porque acho que o Papa teve uma atitude muito digna, e vi no rosto dele a serenidade de quem fez uma escolha difícil mas certa.
E quando vi, já era hora de buscar filha no colégio, e a pilha monstruosa já era só um monstrinho. E amanhã eu acabo de matá-lo.
Hoje eu percebi que, dependendo da maneira como encaramos os problemas, eles podem se tornar mais difícies ou mais fáceis. Só depende de nós.
Uma boa noite e uma sexta-feira maravilhosa!

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