Vou começar contando duas coisas que em princípio talvez não tenham nada a ver, mas que servem para concluir o que eu vou escrever: hoje no noticiário assisti à uma notícia que dizia que na França existe um grupo de pessoas que acompanham enterros de pessoas que morrem sozinhas, sem ter quem sinta sua falta ou as vele nesta viagem. Um dos membros desse grupo dizia: "nenhuma pessoa deveria morrer sozinha".
Essas pessoas já foram filhos e filhas de alguém e de repente se vêem sós no mundo, no anonimato...
Mudando o assunto, hoje deixei a Giovanna com a linda avó Nela e fui sozinha à Via Sacra, pois o maridão está trabalhando. Como vocês sabem, a Via Sacra retrata todo o caminho de Cristo, os últimos passos de Jesus, a sua morte e ressurreição.
Não sou uma católica praticante nem tento arrastar ninguém prá este caminho, mas durante todo o trajeto vim pensando em coisas que valem tanto para cristãos como para quem não é: até onde estamos dispostos a abrir mão da nossa comodidade e bem estar para dar uma mão ao próximo? Um sorriso, uma conversa, uma mão amiga, faz tão bem a quem precisa e não custa nada! Vivemos apressados, com a cabeça a mil, e nem reparamos que o nosso vizinho do lado, às vezes alguém dentro da nossa própria casa precisa de um ombro.
Isso sem falar dos necessitados que um pão, um agasalho, e mesmo uma conversa que para quem vive abandonado é preciosa...
Às vezes temos tanto e não doamos nada!
Tudo isto que estou aqui escrevendo é também uma lição prá mim, que muitas vezes só sei olhar pro meu umbigo e não uso este meu tempo gasto inutilmente para fazer algo por quem realmente precisa.
Vamos tentar abrir os nossos corações e doar o que de melhor existe em nós; vamos ser solidários, vamos tentar aplicar o que nos foi ensinado, "amar ao próximo como a sí mesmo"
Vos desejo uma Santa Páscoa, com tudo de bom que ela representa.
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